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09/09/2022ㅤ Publicado às 13:45

Iniciativas de boas práticas foram destaque durante Seminário Nacional de Meio Ambiente realizado em Rio Branco, no Acre

Na manhã desta sexta-feira, dia 09 de setembro, em Rio Branco, no Acre, foi realizada a mesa de debate “Boas práticas em Educação Ambiental – a cidadania como ferramenta para construção de cidades urbanisticamente adequadas” dentro da programação do Seminário Nacional de Meio Ambiente – Urbanização e mudanças climáticas: desafios para o desenvolvimento de cidades justas e resilientes na Amazônia. O encontro é uma realização do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU Brasil), por meio da Comissão de Política Urbana e Ambiental (CPUA). 

 

Participaram da mesa Joselia Alves, conselheira federal do CAU Brasil e integrante da CPUA, a arquiteta e urbanista Jaqueline Andrade, do Cidade Educadora e Formação Cidadã e Luzimar de Oliveira, representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMEIA) do Estado do Acre.

 

Na ocasião, a conselheira Joselia Alves destacou que “não podemos falar de planejamento ambiental e de cidades resilientes, de cidades justas e inclusivas sem falar de educação. Não se trata de formar arquitetos e urbanistas e sim de formar cidadãos, principalmente, por meio da educação ambiental”. Ela ressaltou a importante da relação ambiental com a habitação e com o saneamento.

 

 

Joselia Alves, conselheira federal do CAU Brasil e integrante da CPUA

 

Como relatora do Projeto CAU Educa, iniciativa desenvolvida desde 2018 pela CPUA, e que definiu um programa de educação continuada a longo prazo para a construção de uma consciência urbana e ambiental no ensino fundamental, Joselia apresentou o projeto para os participantes do evento. 

 

“Quando pensamos nesse projeto na Comissão ficamos pensando que assim como a educação ambiental, a educação urbanística também seria fundamental. Assim como a educação no trânsito onde as crianças hoje já sabem que precisam colocar o cinto de segurança, que já sabem que têm um sinal vermelho e eles inclusive nos cobram. E foi assim que a gente pensou nesse projeto de como seria bom que desde criança, desde cedo incorporar esses conceitos já na educação dessas crianças”, explicou.

 

ACESSE A APRESENTAÇÃO DE JOSELIA ALVES

 

A arquiteta e urbanista Jaqueline Andrade falou sobre “Cidade Educadora e Formação Cidadã” tendo como base uma pesquisa que ela desenvolveu em Florianópolis com duas comunidades: Monte Serrat e Campeche, e, ainda, um olhar para as dimensões da educação. Ela explicou que são três formas de educar: formal (vinculada com as escolas), a não formal (espaços não formais de educação) e informal (espaços públicos das comunidades).

 

 

 

 

 

Jaqueline Andrade, arquiteta e urbanista

 

 

 

 

 

Na sua pesquisa, Jaqueline descreveu a comunidade do Monte Serrat com grande vulnerabilidade social e que é considerada a mais antiga do Morro da Cruz. Segundo ela, na busca de urbanidade a comunidade constrói seus territórios tanto material como simbolicamente. Jaqueline descreveu o local como de solidariedade e de intensa sociabilidade trazendo a ideia de “comum-unidade” e o papel social e político da igreja no local que permite ser posto comunitário, creche, reunião de conselhos comunitários, postos de saúde, entre outros.  

 

A arquiteta mostrou na sua apresentação o trabalho educativo desenvolvido pela escola Marista Escola Social Lucia Mayrvone, umas das premiadas no Projeto CAU Educa, que trabalha com três princípios educativos de dinâmica do relacionamento no processo formativo: pedagogia de presença, da escuta e da acolhida.

 

Já no bairro do Campeche, Jaqueline explicou que o local tem grande vulnerabilidade ambiental e uma potencialidade do solo urbano, uma das maiores planícies da cidade com acelerado processo de transformação diante de um mercado imobiliário e sancionado pela legislação urbana. Ela mencionou que há uma resistência local na defesa do ambiente natural e uma experiência inédita no país de debate e proteção ambiental.  

 

Jaqueline Andrade exemplificou seu estudo no bairro do Campeche com a Escola da Fazenda que traz uma forte discussão relativa à educação ambiental e a complexidade que se apresenta no currículo da escola voltando a esse olhar como cidadãos ativos na sociedade. 

 

Como dimensões da educação ela destacou a educação emancipatória, a relação sujeito objeto, educando x educador, apropriação da cidade e a relação com o outro.

 

ACESSE A APRESENTAÇÃO DE JAQUELINE ANDRADE

 

Luzimar de Oliveira, da SEMEIA, apresentou a Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal que trabalha com a educação ambiental não formal. “São ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da comunidade, organização, mobilização e participação da coletividade a defesa da qualidade do meio ambiente como campanhas, palestras, eventos ambientais, oficinas e programas especiais”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luzimar de Oliveira, representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

 

 

 

 

 

 

 

Na ocasião, ela ainda mostrou uma das premiações que a escola já recebeu como, por exemplo, “Melhores Práticas em A3P”, em 2009, na categoria uso sustentável dos recursos naturais, melhor gestão da água, com o Projeto de edificações sustentáveis e o uso racional da água. 

 

O Seminário

 

O evento faz parte da agenda de encontros regionais promovidos pela CPUA e busca posicionar os arquitetos e urbanistas brasileiros diante de temas estratégicos para a preservação da Amazônia. O Seminário segue até amanhã, dia 10 de setembro, no auditório do Sebrae, em Rio Branco, no Acre.

 

O principal objetivo do encontro é a estruturação do Projeto Amazônia, uma proposta de ação a ser apresentada ao Congresso Internacional UIA 2023, que será realizado em Copenhague, na Dinamarca, em julho de 2023. 

 

Saiba mais sobre o Seminário Nacional de Meio Ambiente. Clique aqui.

 

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