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28/03/2014ㅤ Publicado às 16:00

Por  Edfa Rocha

Presidente do CAU/AC

Foto: Josenir Melo

Diante dos últimos acontecidos ocorridos em Rio Branco causado pelo isolamento terrestre do Estado, tenho observado a “corrida maluca” e desenfreada de parte da população à procura de combustível para o abastecimento de seus veículos.  Apesar da crise, nota-se um aspecto positivo, fluidez no transito, ausência de congestionamentos e mais vagas livres para estacionamento. Isso nos leva a refletir sobre o modelo de mobilidade que utilizamos e nossa total dependência do modelo mais inadequado que existe, o uso única e exclusivamente voltado para o transporte individual consumindo cada vez mais combustível.

 Há muito que se constatou ser este um modelo falido e insustentável. Já que o combustível fóssil é finito e altamente poluidor. No entanto nos apegamos a ele como se não houvesse amanhã.  E não haverá, se continuarmos insistindo que nossa individualidade prevalece sobre o coletivo.

Modelos alternativos de transporte já foram pesquisados, desenvolvidos e comprovados serem mais eficientes do ponto de vista econômico, ambiental e social.  Investimentos em melhorias na malha urbana devem ser planejadas em beneficio do transporte coletivo, assim como, devem ser feitos investimentos na qualidade do próprio transporte. Mas não só isso, no planejamento de novos bairros e na requalificação dos existentes, deve-se considerar que parte da população possa residir próximo ao local de trabalho. Evitando que haja deslocamentos diários por parte da população. E porque não fazer uso da bicicleta?

Rio Branco possui a maior ciclovia entre os municípios brasileiros, considerando a proporção por habitantes. Mas há quem questione o longo período de chuvas e o sol escaldante, propostas como o uso compartilhado do automóvel tem se apresentado em algumas cidades como um modelo econômico e viável. Porque ao invés de usar cinco carros saindo de uma mesma localidade realizando trajetos em comum, não se fazer uso de apenas um carro com cinco pessoas? A intervenção pública é de extrema importância, não só para garantir o abastecimento dos postos de combustíveis, mas realizando um planejamento sério, em longo prazo, juntamente com os arquitetos e urbanistas para propor soluções viáveis e sustentáveis à população.  Políticas públicas devem ser elaboradas a fim de se incentivar o uso de meios de transporte menos poluidores.

Se nenhum desses modelos já em uso e com sucesso em muitas cidades, se adequam a sua realidade e você realmente precisa fazer uso do transporte individual, que seja possível então, fazer uso daqueles que usam fontes menos poluidoras, a exemplo do carro movido a energia elétrica. Mas, dada às circunstancias atuais que nos encontramos, podemos indagar, até quando teremos fornecimento de energia?

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