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17/03/2014ㅤ Publicado às 15:28

Reinventando as cidades brasileiras

O século XXI é marca de uma mudança global: a maioria da população mundial passa a viver nos centros urbanos. Mais de 80% da população brasileira vivem em cidades. A cidade é o maior artefato produzido pelo homem. É no seu espaço urbano que ocorrem as maiores invenções humanas, portanto, ela é lugar estratégico para estratégias. A maioria das cidades brasileiras, hoje possui imensos processos de exclusões, fragmentações e desintegrações de suas políticas ambientais, culturais, econômicas e sociais.

 

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, criado pela Lei 12.378 de 31 de dezembro de 2010, em reunião do Fórum de Presidentes estaduais com as presenças de quase a totalidade de seus membros, profissionais do CAU/BR e de seu presidente Arquiteto e Urbanista Haroldo Pinheiro, durante os dias 11 e 12 de abril de 2013, na cidade de Boa Vista, capital de Roraima, vem a público defender um Novo Projeto de Estado: um Planejamento de Longo Prazo para as cidades brasileiras a partir da concepção de projeto de cidade que reinvente o seu território para além dos planos dos mandatos políticos partidários de quatro anos, implantando uma nova visão de política urbana Estadista, legítima, com horizontes mais largos, de 20 a 30 anos, executada por partes.

 

Para além de  planos diretores e leis de uso e ocupação do solo que carecem da existência de projetos urbanísticos com a visão de qualidade para a cidade inteira constituída de partes, que precisam ser mais do que integradas, necessitam ser integradoras da complexidade e diversidade que caracterizam o nosso País.

 

A cidade e o território são suportes físicos estratégicos para o desenvolvimento ambiental, cultural, social e econômico. Precisamos de projeto de cidade que nasça do plano das ideias que alimentam o plano físico urbanístico. A reestruturação das cidades para o século XXI precisa renascer de projeto de cidade que não seja “tábula rasa”, mas cidades “sob medida” e nunca mais cidades “genéricas” ou pasteurizadas.

 

É preciso deixar falar e “fazer cantar” os lugares complexos, constituído de territórios e pessoas. Qual a cidade que desejamos? Qual a cidade que queremos? Qua l a cidade que precisamos? Que dê em corpo, memória e “espírito de lugar” a um projeto urbanístico singular e desafiador de novos futuros possíveis onde:

 

1. A política urbana – É a cidade democrática

 

2. A gestão urbana- É a cidade integrada

 

3. A paisagem urbana – É a cidade projetada

 

  1. A habitação urbana- É a cidade inclusiva

 

5. A segurança e a integração social urbana- É a cidade cidadã

 

6. A mobilidade urbana – É a cidade acessível universal

 

7. A cultura urbana e patrimônio- É a cidade significante

 

8. A dimensão urbana e seu entorno- É a cidade metropolita na

 

9. A sustentabilidade urbana – É a cidade necessária

 

10. As dinâmicas urbanas a partir do seu centro histórico- É a cidade de futuro

 

Portanto, urge o compromisso por um projeto de cidade como estrutura urbanística estratégica para todos os seus cidadãos, não podendo ficar limitado ou atrelado apenas aos aspectos das políticas urbanas públicas e privadas temporais e ocasionais de curto prazo, precisam ser pensadas como verdadeiros lugares cívicos que promovam civilidade a partir de especificidades e diversidades, estimulando a identidade e o desenvolvimento mais amplo e possível para o efetivo território citadino de mais oportunidades, que todos nos precisamos.

 

Boa Vista-RR, 12 de Abril de 2013.

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