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08/03/2018ㅤ Publicado às 10:44

Elas falam sobre o papel das arquitetas e urbanistas como agentes de transformação social

ACRE

 

 

”O que posso dizer neste dia para as colegas Arquitetas Urbanistas, nunca desistam dos seus sonhos, tracem metas e objetivos profissionais se especializem, sempre estejam atualizadas e preparadas, exerçam o seu poder de conhecimento no mercado através de seus projetos e obras. Façam o seu melhor. Dessa forma estaremos deixando o nosso legado para as futuras gerações.”

 

Verônica Castro

Presidente do CAU/AC

 

 

 

 

 

“Penso que se as mulheres arquitetas e urbanistas já são a maioria, estão no mercado de trabalho, contribuem para a profissão, é preciso conhecer mais sobre as condições de vida e trabalho destas mulheres, cuja trajetória não está desligada da luta de todas mulheres, mães, trabalhadoras, chefes de família, que no dia a dia estão sujeitas a discriminações, de todos os tipos numa sociedade ainda extremamente desigual. Já avançamos, mas ainda temos muito que avançar, estimulando a participação e liderança das mulheres em todos os campos da arquitetura e urbanismo”

 

Josélia Alves

Conselheira federal do CAU/BR por AC

 

 

 

ALAGOAS

 

 

“Nas últimas décadas e não só na arquitetura e urbanismo, mas em outras profissões que já foram prioritariamente ocupadas por homens, as mulheres vêm conquistando estes espaços de forma competente e definitiva. Esta conquista acontece também por conta das possibilidades de especialização e dedicação à profissão, nos qualificando e facilitando a concorrência no mercado de trabalho. No entanto, considerando que a desigualdade ainda é bastante significativa, nossa  busca continuará  para que, todos juntos, possamos construir uma sociedade mais justa e fraterna, não somente no dia em que se comemora o Dia da Mulher, mas todos os dias do ano!.”

 

Josemée Gomes de Lima

Conselheira federal do CAU/BR por AL

 

BAHIA

 

 

Veja aqui a entrevista especial da presidente do CAU/BA, Gilcinéa Barbosa da Conceição para o Dia Internacional das Mulheres

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESPÍRITO SANTO

 

 

“É com grande alegria que venho parabenizar as colegas arquitetas pelo Dia Internacional da Mulher. Esta é uma data muito importante pois após mais de um século de lutas pela inserção da mulher no mercado de trabalho, hoje vemos não somente que as mulheres são a maioria no setor da arquitetura mas também que assumem grandes posições de liderança.

Essa atuação protagonista é fundamental para que as mulheres tenham maior projeção no mercado, na mídia e nas entidades em geral. E isto é mérito da perseverança, dedicação e empenho dessas mulheres que tanto almejam contribuir com a sociedade, tanto na educação das crianças como na produção intelectual e econômica do país.

Pessoalmente, esta é uma data muito especial para mim, pois hoje ocupo a presidência do CAU/ES, representando todas as arquitetas. Além da presidente e da vice-presidente, temos hoje 9 mulheres dentre nossos conselheiros e acredito que esse é um diferencial para que possamos atender com firmeza os anseios das 1963 arquitetas que são hoje mais de 71% do mercado profissional da Arquitetura e Urbanismo no Espírito Santo.”

 

Liane Destefani

Presidente do CAU/ES

 

 

GOIÁS

 

 
“O espaço que a mulher ocupa na Arquitetura, como em outras áreas, nos coloca hoje como iguais na discussão da qualidade de vida dos cidadãos e do habitat humano – que é o planeta, a cidade, o lugar, o espaço público e o espaço privado.

Quanto à falta de valorização profissional, acredito que atinja a todos os arquitetos e urbanistas, não só as mulheres. Não somos reconhecidos como profissionais que fazem projeto de cidades, parques, grandes regiões metropolitanas ou grandes edifícios. O desafio de mostrar que o arquiteto é capaz de fazer tudo isso é de toda a categoria.”

 

Lana Jubé
Conselheira federal do CAU/BR por GO

 

 

 

PARAÍBA

 

 
“Sempre tivemos nomes femininos expressivos na Arquitetura e Urbanismo do Brasil, como Lina Bo Bardi, que inspirou muitas de nós. Não só pela sua formidável produção como autora de projetos arquitetônicos, tão impactantes quanto de elevada qualidade (a exemplo do MASP e do SESC Pompéia, ambos em São Paulo/SP, e do Solar do Unhão, em Salvador/BA), mas também por ser conhecida como uma “arquiteta de obra”, o que significa dizer que ela realmente acompanhava a execução de seus projetos frequentando pessoalmente os canteiros de obras e convivendo estreitamente sempre com todas as equipes envolvidas. Talvez esse tenha sido um dos fatores de seu êxito profissional: ocupar todos os espaços que poderia, nesse processo longo e em todas as fases que compreende o Projeto Completo, desde a concepção até a finalização do edifício e seus acabamentos, passando pela compatibilização dos Projetos Complementares (incluindo o Paisagismo e a Arquitetura de Interiores, chegando a detalhar todo mobiliário).
Acredito que a profissão de Arquitetura e Urbanismo, pela própria natureza técnica e artística que possui em sua essência, possibilita um amplo campo de atuação, seja nas áreas ditas teóricas e práticas; e seus limites tecnológicos e especificidades de acordo com a evolução dos tempos e dos novos usos, costumes e comportamentos, não param de crescer. O que a mulher precisa é entender que, cada vez mais, o mercado, a mídia e as entidades representativas de classe buscam “competências”. Cabe a nós ocuparmos todos esses espaços e simplesmente demonstrá-las, assim como fez Lina Bo e outras admiráveis colegas. Com ética, postura firme em seus propósitos, dedicação, engajamento político-institucional, criatividade, estudo e trabalho — muito estudo e trabalho duro. Contudo, ainda assim belo e encantador. Posto que o olhar, o pensamento e o toque femininos trazem sempre algo de naturalmente poético”.

 

Cristina Evelise
Conselheira federal suplente do CAU/BR pela PB
Ex-Presidente do CAU/PB e do IAB/PB
 

 

 

RIO GRANDE DO NORTE

 

 

“Na condição de arquitetas e urbanistas, pertencemos a uma profissão que tem a seu cargo grandes responsabilidades ao assegurar para as pessoas espaços habitáveis, do ponto de vista da técnica e da arte. Conquistar o mercado de trabalho no desempenho das atribuições profissionais tem sido um dos desafios da mulher que, pelo senso de firmeza e determinação enfrenta preconceitos, ao tempo em que exerce lideranças com transparência e ética. Viva a valorização profissional. Viva o dia 8 de março!” 

 

Patrícia Luz de Macedo
Conselheira federal e vice-presidente do CAU/BR
 

 

 

 

SANTA CATARINA

 

 

“Vejo o aumento da representatividade feminina no campo político da arquitetura um sinal significativo de mudança. Uma oportunidade de aprendizado coletivo para novas experiências e perspectivas. Somos a maioria entre os profissionais, mas participamos pouco. É nossa responsabilidade trazer luz para essa questão da invisibilidade, que é a condição das mulheres na arquitetura e na cidade. Assim,  vale um esforço conjunto sustentado por compreensão e bons debates.”

 

Daniela Sarmento

Presidente do CAU/SC

 

 

 

 

SÃO PAULO

 

 

“Nós temos a necessidade de um esforço coletivo para valorizar a Arquitetura e Urbanismo para a sociedade brasileira, e como a maioria dos profissionais são mulheres, é preciso dar uma voz, uma visibilidade mais ampla às arquitetas e urbanistas.

Hoje, nós temos maioria, mas não temos visibilidade. Não é uma questão de briga com os homens. Eu insisto: trata-se de um esforço coletivo.”

 

Nadia Somekh

Conselheira federal do CAU/BR por SP

 

 

 

 

 

“Documentos do Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU/BR indicam que mais de 60% dos registros profissionais são de mulheres arquitetas e urbanistas, desempenhando diferentes funções na esfera pública e privada, além da docência.

Nos colocam temas para reflexão: como aumentar a visibilidade destas profissionais e solicitam uma breve consideração sobre a participação das mulheres nas entidades ligadas à Arquitetura e Urbanismo.

Os números apresentados na publicação do CAU/BR de 8 de março de 2017 são de que “o Brasil possui 144.089 arquitetos e urbanistas ativos e registrados no CAU. A maioria são mulheres, 62% (89.867), enquanto 38% são homens (54.222) ”.

Se analisarmos as escolas de Arquitetura e Urbanismo constatamos que o número de alunas em relação aos alunos é ainda muito maior, o que aponta para uma ampliação deste percentual de mulheres arquitetas e urbanistas a curto prazo.

Esta condição não se reflete na representatividade nas entidades ligadas à profissão e muito notadamente aos cargos de maior destaque. Da mesma forma, os veículos de informação sobre Arquitetura e Urbanismo pouco divulgam o trabalho destas profissionais.

Estes fenômenos não são, decididamente, questões que acontecem especificamente no Brasil, nem tampouco na categoria.

Procurar sua superação é entender de maneira ampla a necessidade de combater a naturalização do machismo colocado ao lado de outras tantas desigualdades sociais. ”

 

Helena Ayoub Silva

Conselheira federal do CAU/BR suplente por SP

 

 

SERGIPE

 

“Antes da Revolução Industrial as mulheres já estavam no mercado de trabalho, em atividades que garantiam o sustento, em trabalhos remunerados como: trabalhadoras de lavoura, fiadeiras, criadas domésticas, enfim em trabalhos considerados femininos e muitas vezes considerado trabalho invisível.

Com a Revolução Industrial no final do século XVIII as mulheres ingressaram no mercado de trabalho, em ocupações visíveis e a figura das mulheres no mundo do trabalho passou a ser perturbadora e consequentemente, o trabalho feminino na sociedade patriarcal passou ser visto como um problema, uma vez que mulheres transferiram o trabalho que antes era realizado no lar, para a fábrica, deixando de desempenhar na totalidade o trabalho de cuidar da família e da maternidade.

As mulheres apesar de terem ingressado no mercado de trabalho não tiveram logo acesso a atividades que exigissem educação superior. No Brasil em 1816 foi fundada a Academia de Belas Artes. Segundo Sá (2010), após a criação do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU-USP, de 1952 -1959 do total de formados 15% eram mulheres e o crescimento de mulheres na profissão até os dias atuais ampliou-se aceleradamente. Considerando as estatísticas em 2012, segundo o censo do CAU/BR existiam 83.754 arquitetas, o que representa 61% mulheres do total de arquitetos brasileiros. Hoje, em 2018 existem mais de 97.093 arquitetas e urbanistas no Brasil, o que representa 62,6% mulheres no mercado da arquitetura e urbanismo nacional (dados do CAU/BR). 
Em Sergipe segundo dados do IGEO (março/2018) existem registrados no CAU/SE 1110 profissionais ativos dos quais 685 (61,72%) são mulheres 425 (38,28%) são homens, em uma relação que o número de mulheres registradas é bem maior do que o número de homens no exercício da profissão.

De acordo com esses dados é importante refletir as questões de igualdade de gênero na profissão, pois é necessário saber quanto as questões da remuneração, se as mulheres como maioria recebem salários iguais aos salários masculinos, pois tradicionalmente no mercado de trabalho existe a tendência das mulheres receberem remuneração menor, havendo uma desproporção entre o crescimento das mulheres na profissão nas últimas décadas e o crescimento da remuneração das mulheres, pois permanece presente no mercado de trabalho a diferenciação de valores pagos a homens e mulheres.

Além da remuneração é importante citar que é necessário se dar maior visibilidade para o espaço conquistado por mulheres na profissão, pois percebe se que a produção masculina é mais divulgada e festejada do que a produção feminina. A exemplo do Prêmio Mulher na arquitetura de 2018, conquistado pela arquiteta peruana Sandra Barclay e o prêmio Moira Gemmil para jovens arquitetas conquistado pela arquiteta paraguaia Glória Cabral. Portanto o dia Internacional da Mulher deve ser visto como um dia para reafirmarmos a nossa luta por novos horizontes e conquistarmos reconhecimento, valorização e autonomia.”

 

Ana Maria de Souza Martins Farias
Presidente do CAU/SE

 

IES

 

 

“No Brasil há uma supremacia de mulheres no exercício da Arquitetura e Urbanismo (mais de 62 por cento), diferente da realidade de países como a Inglaterra e os Estados Unidos, por exemplo. Somos muitas, porém não aparecemos muito. Mas algumas vem rompendo barreiras e ampliando a presença da arquiteta e urbanista na qualificação de nosso habitat. Estamos vindo do fazer arquitetônico para a política profissional. É um começo. No atual Conselho Diretor do CAU/BR somos 50%. Um bom presságio.”

 

Andrea Vilella

Conselheira federal, representante das Instituições de Ensino Superior 
 
 
 

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